O banho diário é importante não apenas por proporcionar-nos uma sensação de bem-estar. A oleosidade excessiva da pele, as células que morrem diariamente e os poluentes do ar alteram o pH desse que é o maior tecido do corpo humano. Em consequência, a pele perde seu papel de proteção e, além do mau cheiro, podem surgir infecções. Nos quadros de doença de Alzheimer, é muito comum a pele ser atingida por porções pequenas de alimentos, quando há dificuldades no processo alimentar. Quando o paciente se recusa a tomar banho, o principal é usar de bom senso e paciência. É claro que, muitas vezes, o cansaço de quem cuida, o tempo limitado, não permitem uma postura totalmente equilibrada todos os dias. Deslizes vão acontecer.... Mas cada um resolve esse problema de uma forma diferente. E a experiência é que vai ditar as regras. Não é incomum que após poucos minutos da rejeição, o cuidador lance nova tentativa e receba um sim! A barganha não é condenável, principalmente se a higiene está visivelmente deficitária. Se o cuidador perceber que precisa oferecer algo em troca de um sim, às vezes pode ser necessário. Exigir, constranger, não são boas escolhas. Precisamos lembrar que o doente com Alzheimer tem, em geral, uma ligação mais forte com um dos elementos que cuidam dele, ou com o único que cuida. E isso exige que seja mantida a confiança entre os lados. Além disso, como há uma constante flutuação de humor, é bem possível que forçar o banho cause grande irritação e agressões por parte do doente. Assim, o bom senso deve prevalecer. E, com certeza, o cuidador vai perceber que será necessário aceitar que um ou outro dia não vai conseguir. Não há problema!
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