O cérebro é um dos maiores mistérios da ciência, talvez o maior. E não há quem nunca tenha se indagado: Será que vou ter Doença de Alzheimer? No século passado, já shavia inúmeros registros sobre aumento de diagnósticos da doença e sobre estudos científicos multicêntricos. Muito recentemente a revista Super Interessante publicou que, desde 2021, está sendo usado um medicamento autorizado pelo FDA, nos EUA, que supostamente trabalharia com as causas da doença. Mas o aducanumab não está fazendo muito sucesso. Além de muito caro, e de seus indesejáveis efeitos colaterais, ele não regride a doença e não melhora os sintomas, apesar de ter efeito real sobre as tais placas amiloides que aumentam com a patologia, supostamente agressivas para o cérebro. Isso significa que as placas desaparecem, mas os sintomas já instalados não.
A revista Veja publicou ontem, 14/02/2022, que neurocientistas brasileiras estão comandando uma pesquisa internacional que descobriu uma proteína cerebral que diminui nas céulas do cérebro enquanto envelhecemos. Isso pode favorecer a pesquisa de medicamentos que controlem as perdas cognitivas que ocorrem na doença de Alzheimer, já que a perda de tecido cerebral mostra-se acentuada. A pesquisa está sendo coordenada por Flavia Alcântara Gomes, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB/UFRJ).
Mas, e quanto à prevenção? Foi publicado um trabalho no CRISPR Journal, em 7 de fevereiro último, que descreve nova descoberta de uma equipe de cientistas canadenses: uma mutação genética, que é capaz de proteger contra a doença de Alzheimer. Essa mutação, que seria inserida no genoma humano, não causaria nenhuma desvantagem ao organismo, e reduziria a formação de placas amiloides. No entanto, não é uma técnica eficaz em reparar os danos já causados nos neurônios. Com a mutação, a enzima beta-secretase, que ajuda na formação de placas amiloides, teria seu trabalho dificultado, reduzindo a formação das placas entre os neurônios, que morrem na presença das mesmas.
São esforços que precisam ser valorizados mesmo que, a princípio, pareçam ter um sucesso ainda distante. Por enquanto, o que temos a fazer é cuidar da qualidade de vida, que discutiremos em outras publicações.
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