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Desenvolvimento sustentável: necessidades presentes e futuras atendidas.

As pessoas estão vivendo mais. É possível, nos dias atuais, oferecer o equilíbrio que o envelhecimento exige? e a criança de hoje, idosa no futuro, terá suas necessidades garantidas?


A Educação Ambiental está muito além do encantamento ou maravilhamento frente à flora, fauna e todos os recursos naturais. Está apoiada no desenvolvimento sustentável, de maneira a não haver competição entre a sociedade e a natureza, em especial entre o passar dos anos – o envelhecer – e a natureza. Todos envelhecemos, desde o nascimento, mas o que falta para assegurarmos um envelhecimento que não prejudique o presente, nem o futuro?

Nos primórdios da história de nosso país, já se observava uma falta de respeito com o meio ambiente, de maneira que as agressões a ele não eram vistas como tal, pois muito havia para ser explorado e, principalmente, aproveitado economicamente. Hoje, desmatamentos e utilização inadequada de recursos naturais são gritantes e exigem medidas urgentes, apoiadas em legislações que favoreçam a integração sociedade/natureza.

Também urgentes são as medidas de reforma na educação. Ao serem trabalhados os tópicos que envolvem a sustentabilidade, é possível ensinar matemática, português, religião, história, geografia, ciências, inglês e todas as disciplinas de 1° e 2° graus, dentro da interdisciplinaridade. A prática pedagógica que apenas transmite o conhecimento, ou que orienta ações que favoreçam necessidades básicas (alimentar-se, vestir-se, habitar) precisa ser substituída por um processo educacional com referenciais na filosofia, que invoca questões éticas e gera reflexões que procuram respostas. Mesmo que não definitivas, essas respostas sugerem um comportamento menos acomodado, menos pré-determinado por interesses focais ou obrigações institucionais. A contextualização política também é importante, e deve ser trabalhada com respeito e “delicadeza”, para não se criarem palcos de apetites individuais.

As organizações não governamentais têm importante papel nesse processo. Precisam deixar claro que os interesses econômicos do nosso modo de economia não podem estar à frente dos trabalhos por elas desenvolvidos. Dessa forma, ao se proporem esforços de combate às desigualdades, as ONGs têm a necessidade de ir muito além da arrecadação de recursos vitais para a sobrevivência do mais pobre. Devem conhecer o meio natural e socioeconômico do grupo a ser assistido, conhecer a diferença clara e real entre o que é por eles vivido e uma situação “ideal”, e entender, muito bem, seu papel frente às necessidades de cada grupo.

Acredita-se, assim, que a sustentabilidade possa ser o grande diferencial do ensino em escolas, creches, núcleos e instituições diversas, que se proponham à defesa de todas as formas de vida, e trabalhem pela minimização de fragilidades, criadas por equívocos nesse viver. E esss fragilidades são muitas vezes observadas, de maneira acentuada, no envelhecimento em nosso país. Precisamos pensar nisso.


(este texto foi baseado em aulas de Educação Ambiental, graduação em Teologia, do Centro Universitário Estácio).



Maria Nazareth Grisolia Vieira da Silva / Setembro de 2021
















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