A Cannabis sativa (Cânhamo) tem registros importantes de seu uso em diversas épocas. As fibras do Cânhamo são utilizadas em diversas indústrias, como combustíveis, óleos, resinas, cosméticos, cervejas e inúmeros outros usos, além do uso medicinal, que utiliza outros componentes da planta. A invenção da prensa móvel, por Gutenberg, envolve também a utilização dessas fibras.
Em escavações arqueológicas no Japão, confirma-se que há mais de 10 mil anos seres humanos já coletavam suas sementes, supondo-se que a origem da planta seja no continente asiático. Provavelmente, os povos nômades comerciantes foram levando a planta, pouco a pouco, para o Ocidente. No Brasil, há registros de sua entrada através do tráfego de escravos, talvez (ou com certeza?) porque eles tinham noção do que teriam que enfrentar na viagem e na vida a ser vivida aqui... No início do século XX essa planta, então usada para diversos males, deixa de ser comercializada livremente, como acontecia em boticas. Houve uma associação dos efeitos da queima da Cannabis com a postura racista de nosso país, presente desde sempre. Com uso proibido, a Cannabis ganha destaque em ações policiais e noticiários afins.
Na década de 1960, foram retomados estudos e hoje temos autorização, pela ANVISA, de plantio por determinadas associações e permissão de importação.
Importante destacar que tradições orais, de antes da era cristã, afirmam sobre o poder de relaxamento da erva consumida por pirose, mas que também alertam sobre "visões do demônio" (alucinações) que doses exageradas poderiam provocar. Reafirmamos que o uso de Cannabis por pirose (fumo) não tem propósito medicinal, e que pode provocar sérios danos à Saúde. Procure um profissional habilitado para indicação e prescrição.
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