As demências vasculares são a segunda causa mais comum de comprometimento cognitivo adquirido. Importante destacar que é também causa frequente de piora do declínio cognitivo das demências neurodegenerativas, como a doença de AlzHeimer (são inúmeros os casos de registro das duas demências concomitantes, em avaliações patológicas pós morte).
As pessoas com esse tipo de quadro demencial apresentam, em geral, menor expectativa de vida, e considera-se estar esse fato associadoàs comorbidades, pois são pessoas que apresentam outros problemas circulatórios em um ou mais sistemas/órgãos do corpo.
Os exames de imagem, em especial o PET (tomografia por emissão de pósitrons) e o SPECT (tomografia por emissão de foton único) são úteis na tentativa de diferenciar a demência vascular da demência de Alzheimer. O diagnóstico diferencial costuma ser difícil.
Os problemas cardivasculares, como a insuficiência cardíaca (que leva a falhas na capacidade do coração de bombar adequadamente o sangue e favorece formação de trombos, que podem se instalar no cérebro), aterosclerose e diversas causas de comprometimentos circulatórios (como diabeltes mellitus, hipertensão orterial, tabagismo), são fatores de risco em destaque.
O quadro clínico tem início e progresssão variáveis, em geral dependendo da região cerebral com maior comprometimento circulatório. As alterações de comportamento refletem comprometimento de estruturas anatômicas estratégicas, como por exemplo a região frontal do cérebro. Além disso, observam-se são comuns problemas de cognição, dificuldade de concentração, dificuldades na fluência verbal, dificuldades importantes em testes de planejamento e outras alterações. Em geral, há um menor compromentimento da memória imediata e de evocação, em relação à doença de Alzheimer.
No processo de envelhecimento acontecem alterações importantes no sistema endocanabinoide, que é fundamental na proteção contra doenças degenerativas e vasculares cerebrais. Obviamente ssa importânicia vai além da proteção local cerebral, envolvendo mecanismos circulatórios, endócrinos, imunológicos e outros. Assim, quando o sistema endocanabinoide não consegue, por si, manter o equilíbrio do organismo e favaorece doenças, é importante lançar mão dos fitocanabinoides para favorecer proteção, reduzir a inflamação e, no caso de doenças neurodegenerativas, reduzir a produção de substâncias nocivas ao cérebro.
Cada caso é um caso. Não há regras fixas, nem bulas, para o uso de derivados de Cannabis. Leia mais sobre a Cannabis medicinal em outras publicações deste site.
Dra. Maria Nazareth
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